terça-feira, 29 de abril de 2014

Sobre canguru para bebês


Desde os tempos primórdios a humanidade sempre buscou copiar a natureza, dos pequenos aos grandes gestos. Da conduta animalesca à civilizatória sempre estivemos observando primeiramente os comportamentos inerentes aos animais, imitando-os.
A partir de uma dessas imitações, surgiu um objeto cujo valor esta para além de mero acessório: o canguru ou bolsa para carregar bebês. Este acessório facilitou a vida de muita gente. Desde a sua invenção, mães e pais puderam realizar tarefas que antes não podiam devido estarem com os braços ocupados. Mas, se cangurus só são encontrados predominantemente na Austrália, e se aqui mesmo no Brasil alguns indígenas utilizam estas sacolas para carregarem os filhos, possivelmente eles não estão copiando os cangurus, mas algum outro animal. Os gambás também carregam seus filhos numa bolsa externa. Quem há de chamar as bolsas de gambás? Enfim, ha de se considerar também, todos os outros seres que carregam seus filhotes por aí há milhares de anos, mas já que denominamos canguru ao ato de ir e vir com os filhos junto ao corpo, tudo bem.
Os cangurus são seres marsupiais, ou seja, as fêmeas da espécie possuem o marsúpio (aquela bolsa externa que as mamães canguru possuem). Nela os filhotes vivem até ficarem grandes e seguros o bastante para explorarem o hábitat. Como já disse antes, os gambás também são marsupiais.
Pois bem, compramos um canguru pra carregar Miguel e acho que esta tem sido uma das atividades mais empolgantes pra nós que o carregamos e pra ele também. É impressionante como ele consegue ficar ereto e fixar o olhar em tudo o que possa passar na rua. Uma verdadeira festa.
É maravilhoso também saber que ele está ali, em simbiose, fico pensando numa gravidez, em como é para a mãe sentir a todo o momento o filho consigo. Deve ser muito mais intenso do que uma mera bolsa marsupial para pais, ou canguru. Mas de toda forma fica a dica para quem deseja um entrelace maior com o filhote e ao mesmo tempo realizar tarefas diárias.

sábado, 26 de abril de 2014

Sobre vacinas e choro

Uma das coisas mais importantes que nunca podem ser esquecidas, é sem duvida, a visitação as unidades de saúde (ou ao pediatra) para acompanhamento da criança. Do pré-natal ao decorrer do crescimento. É preciso tomar todas as doses de vacinas necessárias. Não vale esquecer.
Surge um grande paradoxo desde o nascimento de Miguel: O dia da vacina. O dia em que era para ser o mais alegre por sabermos que o nosso menino está livre de alguns males, torna-se um dia triste, cinzento, nesse dia tudo fica turvo, Miguel chora por qualquer careta, seu corpinho é somente sensibilidade, a emoção está à flor da pele. Não podia ser diferente, foram três vacinas em apenas duas perninhas. Que malvada essa medicina, que paradoxo terrível. Ainda bem que é só em um dia, depois terá a vida toda para brincar e sorrir a vontade.
Durante muito tempo acreditei que as vacinas foram descobertas em laboratórios impecáveis, a partir de diversas observações sobre as células humanas, bem como o seu sistema imunológico. Mas, após ver Miguel chorando interminavelmente, suponho que elas devem ter sido inventadas por algum pai frustrado que não gostava de crianças. Só pode ser isto. Pode também ser que a dor seja uma moeda de troca: darei a felicidade, mas primeiro, sofrerás a dor. Esta ultima é a mais provável. A própria criação das vacinas, a partir de agentes patogênicos, já são uma grande controvérsia da natureza.
A origem do termo vacina deriva de vacca, no latim. Em alusão a descoberta da primeira vacina para combater o vírus da varíola, que nos bovinos era um pouco mais amena, um sub-tipo, a varíola bovina. Contam que Edward Jenner, o criador, inicialmente utilizou algum liquido que saia das feridas de vacas com varíola e utilizou em ferimentos humanos, após certo tempo percebeu que depois disso as pessoas ficaram imunes a doença. Estava então descoberta a primeira vacina. Antes dele, tem-se noticia de que algumas culturas orientais já dispunham de algum conhecimento sobrte imunização, porém tudo estava atrelado a questões religiosas. A propriedade de cura estava ainda vinculada a rituais e não havia garantia de sua funcionalidade, pelo menos não comprovada.
Não devemos esquecer delas. As vacinas são tão importantes quanto o amor que investimos diariamente aos nossos pequenos. Apesar do estresse e sofrimento parcial que elas causam, devem ser levadas a serio. Afinal é só um chorinho, uma carinha triste, mas depois passa (Agora eu to falando dos pais, rsrsrsrs.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Tarde de domingo

Os melhores momentos de nossas vidas costumam ser passageiros, pelo menos é o que dizem os veteranos da vida, os mais experientes. Por isso faço questão de aproveitar cada minuto ao lado de Miguel, e de preferência, junto com toda a família, ou quem estiver por perto, ou o mais perto disso possível. confesso, tenho medo de que não me dê conta do seu crescimento, não quero chegar a pensar que ele pulou um ou dois anos a mais no tempo. Aliás, esta é uma das possibilidades deste diário, ou mensário. No ultimo fim de semana, eu e Telma, minha esposa, estivemos passeando com Miguel por diversas cidades de Pernambuco (brincadeira, foi apenas uma tarde e pelas casas de alguns conhecidos). Durante o percurso, fizemos uma visita à casa de meus avós, bisavós de Miguel. Durante a estadia ouvimos diversas histórias sobre os mais diversos assuntos. Aos poucos eu até pensava na arvore genealógica que ia sendo desenhada a cada relato. Fulano que casou-se com sicrano, filho de beltrano, enfim, tenho até pensado na possibilidade da construção dessa arvore. Pode até ser uma necessidade (ou possibilidade) de mapeamento no território familiar, mas o mais importante é o conhecimento ampliado, para depois fazer a aproximação daquela máxima: de onde vim, para onde vou. A todo momento o que eu mais pensava era na possibilidade de Miguel poder ouvi-los. O simples fato de estar perto de sua história o faz ser um privilegiado. Meus avós são a nossa história, uma ramificação que irá se perpetuar para um longo bloco de tempo. É como se Miguel representasse algo além de nós, um guerreiro que herda a prestigio de fazer essa perpetuação genealógica. Bom, por enquanto ele ainda não é lá esse guerreiro, mas ja adianta o fato de estarmos juntos, quatro gerações até ele. Em vários momentos, o meu desejo era estar gravando tudo, documentando aquela tarde. Mas, um dia Miguel saberá de sua historia e de outras histórias que com certeza estarão presentes em sua vida. Sem duvida ficará muito feliz em ter conhecido os bisavós paternos e maternos e saberá que é amado por todos de sua família, desde o dia em que soubemos de sua concepção.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Aniversário

Comemorei o meu aniversário (3 de Abril) com Miguel. Só nós dois, boa parte da noite. Umas cervejas pra mim, uma mamadeira pra ele. Algumas reflexões existenciais pra mim, um chorinho fino ao cair da chupeta pra ele. Um bom som (Isso é indispensável), começando com Legião e terminando com Gonzagão. Aliás, por mais que quisesse um outro som, algo próximo da galinha pintadinha ou qualquer outro musical infantil, decidi não aderi-lo, deixarei pra quando Miguel tiver um pouquinho maior e prometer não comer os legumes, caso eu não os coloquem. Por enquanto, deixaremos que ele siga os nossos gostos musicais (sem reclamar). Nesse aniversario (O primeiro com Miguel), pude perceber que há tempos existia um vazio em meu coração, mas eu não sabia que existia, pelo menos até a chegada dele. Acho que ser pai é isso. Acho que esta seja uma melhor definição de tudo que eu já tentei expor aqui. Ultimo dia vinte e oito, ele completou quatro meses e muita coisa tem mudado. Apesar de ser quatro meses, já foi possível ensaiar alguns comportamentos do que vai ser a nossa vida, nossa vida inteira. Foi um belo aniversario. A cada palavra ou conversa de uma só palavra com Miguel, uma nova mensagem de felicitação de alguns bons amigos, outros que há tempos não os vejo. Por falar em amigos, acredito que o aniversario seja um grande indicador de quem estar ao nosso redor. Passamos todo o dia à espera de cumprimentos e aí quando não acontece, decepção. E de repente a euforia interior se transforma numa enorme, porem momentânea, angustia. É muito estranho, mas acontece. Eu não espero ganhar presentes, isso é certo. Não depois de conhecer boa parte do funcionamento da maquina capitalista. Presentes, compras e mais compras que, dependendo da pessoa, vale muito mais do que qualquer outro tipo de consideração. Esta que vemos ser medida pelo preço do maldito presente. Então, eu até aceito, a qualquer data, mas não cobro, não peço, nem no meu aniversario. Prefiro um sincero abraço ou aperto de mão à um extremo fingimento de apreço com um objeto qualquer. Isto não pode ser um desabafo, que fique claro. (risos) Enfim, nada como uma data como essa para pensar, re-pensar e re-pensar mais um pouco sobre as nossas metas, objetivos, sonhos, mudanças e novas adaptações, ao lado das pessoas que amamos.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Trocando as fraldas (uma dica importante)

De repente, você está com seu filho no colo e... Lá vem aquele cheirinho, junto com algum barulhinho um tanto estranho. Pronto, hora de trocar a frauda do guri. Você começa a trocá-lo, tira a roupinha, tira a frauda, e merdaaaaaaaaaaa,merda mesmo, esqueci de pegar a pomada, a outra frauda e os lenços umedecidos antes, como na ilustração ao lado. Caso isto aconteça, muitas vezes não há como fechar a frauda usada novamente, porque o "estrago" vai ser ainda maior. Agora imagine a agonia de ter que fazer isto, mesmo sabendo que é a unica alternativa. Enfim, uma dica valiosa é a seguinte: sempre, mas sempre, que você precisar trocar o seu bebê, faça isso após pegar todos os acessórios necessários antes. Lembrando que a criança não poderá ficar sozinha em nenhum momento, pois se isto acontecer,você vai correr o risco de ver sei filho, ou filha, brincando com a merdinhaaaa, (owww coisa mais linda do papai).

Ser pai é..

Muitas pessoas, as vezes perguntam sobre o que é ser pai. Eu diria que ser pai é a soma e a multiplicação de muitos sentimentos e formas de existir. Geralmente, quem pergunta o que é ser pai, espera de você uma resposta clara de como a nossa vida muda depois da paternidade. Muda mesmo, muda muito. Imagine sair de uma zona de conforto, onde você está habituado há decadas, na verdade duas décadas. Imagine que esta zona de conforto seja a melhor coisa do mundo, sem responsabilidades, sem nenhum compromisso com trabalhos, estudos ou qualquer outra necessidade financeira. Ser pai é isto, ralar, trabalhar, ignorar algumas horas a mais no trabalho, ter compromissos em exesso, ufa! Calma! Ser pai TAMBEM é isto, mas como tudo na vida, tambem tem o lado bom: OUVIR O SEU FILHO (AINDA QUE SEJA APENAS UM SOM MEIO ARRANHADO, SEM MUITO SENTIDO, DEPOIS DE UMA LONGA VIAGEM OU JORNADA DE TRABALHO,VER O SEU FILHO SORRIR APÓS UM GESTO ABRUPTO SEU, ACORDAR E SE DEPARAR COM ELE SORRINDO PRA VOCÊ É A MELHOR COISA DO MUNDO. Sair da zona de conforto foi a melhor coisa do mundo.